Rumando para norte, seguindo junto às falésias do Cabo Sardão, onde vai encontrar escarpas imponentes e vertiginosas, numa arriba de mais de 40m de altura. Um maciço de xisto, a ardósia e rochas calcárias compactas, de um cinzento escuro intenso, banhado pelas águas límpidas do oceano, de arrebatar a respiração. Uma beleza geológica ímpar, ladeada por uma flora vibrante, com encantos mesmo no inverno.
É aqui que se encontra uma das maiores atrações da Rota Vicentina ao nível da fauna: na primavera, as cegonhas elegem esta falésia escarpada e os rochedos no mar, para nidificar, um hábito considerado único no mundo. Partilham o espaço com cerca de 20 outras espécies que, apesar dos ventos fortes que trazem água salgada, povoam este habitat. Por aqui poderá avistar a gralha de nuca cinzenta, o corvo-marinho de crista, o peneireiro, o pombo das rochas, o falcão peregrino, o rabirruivo preto e, claro, a cegonha branca.
O Farol encerra em si também algo de único e curioso: foi construído com a torre do lado de terra, ao contrário de todos os outros faróis com estruturas e localizações idênticas. A explicação histórica dada pelos locais é que o construtor se terá enganado e usado a planta invertida.
Saindo da aldeia do Cavaleiro volta para a Herdade do Touril por caminhos rurais.